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terça-feira, 13 de março de 2012

Maravilhas do céu sobre a Suécia

Crédito: P-M Hedén (Clear Skies, TWAN)

Muitas maravilhas cósmicas foram capturadas nessa única imagem.

Estão descritas aqui desde a mais próxima até à mais afastada.

No pano de frente estão árvores vizinhas e mais distantes montanhas cobertas de neve.

Nuvens podem ser observadas mesmo por cima do horizonte, e um olho observador pode até discernir a mais distante aurora, verde e vermelha, que ocorre na parte superior da atmosfera da Terra.

As nebulosas de emissão pintam o céu, incluindo a Nebulosa Coração e Alma(1), IC 1396(2) e a Nebulosa América do Norte(3).

Percorrendo o céu diagonalmente desde o canto superior esquerdo até ao canto inferior direito encontra-se a majestosa e brilhante banda do plano central da nossa Via Láctea.

Mais distante que tudo o resto, aparecendo como era há mais de dois milhões de anos atrás, está a Galáxia de Andrómeda(4), visível por cima do horizonte acima da montanha à esquerda.


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1 - Nebulosa Coração e Alma - Ic 1805 e Ic 1848 em Cassiopéia
2 - Nebulosa de emissão Ic 1396 em Cefeu
3 - Nebulosa América do Norte - NGC 7000 em cisne
4 - Galáxia de Andrômeda  - M 031 - Grupo Local na direção da constelação de Andrômeda

Maravilhas do céu sobre a Suécia

Via Láctea - Grandes Observatórios Exploram Centro Galáctico

 Crédito: NASA, ESA, SSC, CXC, e STScI

Onde nos pode levar o telescópio? Há quatrocentos anos atrás, o telescópio levou Galileu à Lua para descobrir crateras, a Saturno para descobrir anéis, a Júpiter para descobrir luas, a Vênus para descobrir fases, e ao Sol para descobrir manchas solares.

Em celebração dos feitos telescópicos de Galileu e como parte do Ano Internacional da Astronomia, a NASA usou toda a sua frota de Grandes Observatórios, e a Internet, para nos mostrar o centro da Galáxia.

Na imagem, em grande detalhe e em mais cores, estão as imagens combinadas do Hubble perto do infravermelho, do Spitzer no infravermelho, e do Chandra em raios-X.

São aqui visíveis vastos campos estelares, bem como densos enxames, longos filamentos de gás e poeira, grandes restos de supernova, e os arredores energéticos do que é provavelmente o buraco negro central da Via Láctea.

Muitas destas características podem ser consultadas com legenda numa imagem complementar. Claro, a ampliação de um telescópio e a sua capacidade para recolher luz, cria apenas uma imagem do que uma pessoa pode ver se visitar esses lugares. Para realmente lá ir, precisamos foguetões.



Via Láctea - Grandes Observatórios Exploram Centro Galáctico

Via Láctea - Corrente de Magalhães

Crédito: David L. Nidever et al., NRAO/AUI/NSF e A. Mellinger, LAB Survey, Obs. Parkes, Obs. Westerbork, Obs. Arecibo

No céu, na direção das magníficas Nuvens de Magalhães, está uma corrente invulgar de gás: a Corrente de Magalhães. A origem deste gás permanece desconhecida, mas provavelmente contém uma pista da origem e destino dos satélites mais famosos da Via Láctea: a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.

Até recentemente, duas hipóteses principais tinham sido consideradas: que a corrente tinha sido criada por gás rasgado destas galáxias à medida que passavam pelo halo da nossa Galáxia, ou que a corrente foi criada pela atração gravitacional da Via Láctea.

No entanto, mais recentemente, imagens de campo largo obtidas no rádio -- incluindo imagens obtidas pelo Telescópio Byrd Green Bank -- mostraram que a Corrente de Magalhães é maior e mais antiga do que se pensava, talvez até com 2,5 mil milhões de anos.

Estas observações indicam uma terceira origem possível para a corrente -- que a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães passaram uma vez tão perto uma da outra que as forças de marés despoletaram uma erupção de formação estelar que acabou por deixar ficar a corrente.

Na imagem, digitalmente superimposta por cima de uma imagem recentemente obtida no visível, a emissão de rádio da Corrente de Magalhães é aqui vista em cores falsas (rosa), estendendo-se pelo céu e acabando nas duas galáxias de Magalhães para baixo e para a direita do centro.

Via Láctea - A Corrente de Magalhães

Via Láctea - O Núcleo Galáctico no Infravermelho

Crédito: Hubble: NASA, ESA, & D. Q. Wang (U. Mass, Amherst); Spitzer: NASA, JPL, & S. Stolovy (SSC/Caltech

O que é que está a acontecer no centro da nossa Via Láctea? 

Para tentar responder a esta questão, os telescópios espaciais Hubble e Spitzer combinaram esforços para estudar a região num detalhe sem precedentes no infravermelho. 

A radiação infravermelha é particularmente útil para estudar o centro da nossa Galáxia porque a luz visível é muito mais facilmente obscurecida pela poeira

A foto contém cerca de 2000 imagens tiradas o ano passado pela câmara NICMOS do Hubble. Cobre uma área de 300 por 115 anos-luz com tão alta-resolução que são discerníveis estruturas com apenas 20 vezes o tamanho do nosso Sistema Solar. 

São visíveis nuvens de gás brilhante e poeira escura, bem como três grandes enxames estelares. Os campos magnéticos podem estar a alimentar plasma ao longo do canto superior esquerdo perto do Enxame dos Arcos, enquanto ventos estelares energéticos esculpem pilares perto do Enxame Quintuplo, no canto inferior direito. 

O gigantesco Enxame Central de estrelas que rodeia Saggitarius A* encontra-se para baixo e para a direita. O porquê de várias estrelas centrais, massivas e brilhantes parecem não estar associadas com estes enxames não é ainda compreendido.

NGC 4631 - Galáxia da Baleia


Crédito: Dados - Hubble Legacy ArchiveESANASA; Processamento - Nikolaus Sulzenauer
 
 
NGC 4631 é uma linda e grande galáxia espiral vista de lado a apenas 30 milhões de anos-luz de distância. A forma ligeiramente distorcida da galáxia levou ao seu nome popular de galáxia da Baleia.

 As escuras nuvens de poeira interestelar da Baleia e os jovens e brilhantes enxames azuis saltam à vista nesta imagem panorâmica. A banda de NGC 4631 não é apenas parecida com a nossa própria Via Láctea, mas o seu tamanho é realmente semelhante com a Via Láctea.

A galáxia é também conhecida por ter um halo de gás quente que brilha em raios-X. A galáxia da Baleia tem um diâmetro de 140.000 anos-luz e pode ser observada com um pequeno telescópio na direção da constelação de Cães de Caça.