Crédito: David L. Nidever et al., NRAO/AUI/NSF e A. Mellinger, LAB Survey, Obs. Parkes, Obs. Westerbork, Obs. Arecibo
No céu, na direção das magníficas Nuvens de Magalhães, está uma corrente invulgar de gás: a Corrente de Magalhães. A origem deste gás permanece desconhecida, mas provavelmente contém uma pista da origem e destino dos satélites mais famosos da Via Láctea: a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.
Até recentemente, duas hipóteses principais tinham sido consideradas: que a corrente tinha sido criada por gás rasgado destas galáxias à medida que passavam pelo halo da nossa Galáxia, ou que a corrente foi criada pela atração gravitacional da Via Láctea.
No entanto, mais recentemente, imagens de campo largo obtidas no rádio -- incluindo imagens obtidas pelo Telescópio Byrd Green Bank -- mostraram que a Corrente de Magalhães é maior e mais antiga do que se pensava, talvez até com 2,5 mil milhões de anos.
Estas observações indicam uma terceira origem possível para a corrente -- que a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães passaram uma vez tão perto uma da outra que as forças de marés despoletaram uma erupção de formação estelar que acabou por deixar ficar a corrente.
Na imagem, digitalmente superimposta por cima de uma imagem recentemente obtida no visível, a emissão de rádio da Corrente de Magalhães é aqui vista em cores falsas (rosa), estendendo-se pelo céu e acabando nas duas galáxias de Magalhães para baixo e para a direita do centro.
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