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domingo, 30 de outubro de 2011

Via Láctea & Luz Zodiacal

Crédito: Daniel López, IAC


Dois fundamentais planos do céu do planeta Terra competem pela sua atenção nesta magnífica imagem de ângulo largo, registada no dia 23 de Janeiro de 2009.

Percorrendo a abóbada noturna à esquerda está a linda banda da Luz Zodiacal - luz solar espalhada pela poeira no plano da eclíptica do Sistema Solar.

A sua oponente à direita é composta por tênues estrelas, nuvens de poeira e nebulosas ao longo do plano da nossa Via Láctea.

As duas bandas celestes situam-se por cima das cúpulas e torres do Observatório Teide na ilha de Tenerife.

Também em jogo nos pristinos e escuros céus das Ilhas Canárias, está o brilhante Vénus (esquerda e para baixo), a distante Galáxia de Andrómeda (perto do centro), e o esplêndido enxame das Plêiades (topo do centro).

Via Láctea por cima de Mauna Kea

Via Láctea por cima de Mauna Kea

Crédito: Wally Pacholka (TWAN)

Já alguma vez observou a banda da nossa Via Láctea? 
Num céu limpo a partir de um local escuro e à hora ideal, uma ténue faixa de luz torna-se visível pelo céu. Pouco depois dos nossos olhos se habituarem à escuridão, poderá avistar a Via Láctea pela primeira vez. Depois pode tornar-se óbvia. E depois espectacular.

Uma razão para o espanto crescente poderá ser a realização de que esta via estelar contém milhares de milhões de estrelas e é o disco da nossa própria galáxia espiral. Como nos encontramos dentro deste disco, a banda parece envolver a Terra. Visível na imagem, bem por cima no céu nocturno, a banda da Via Láctea forma um arco.

O brilhante ponto mesmo por baixo da banda é o planeta Júpiter. A paisagem terrestre contém a caldeira iluminada do vulcão Haleakala, localizado na ilha de Maui no Hawaii, EUA. Mais perto do horizonte situam-se nuvens e o enorme mas escuro vulcão Mauna Kea na Grande Ilha do Hawaii. Se nunca observou a Via Láctea ou reconheceu o planeta Júpiter, este ano poderá ter sorte.

Porque 2009 é o Ano Internacional da Astronomia, uma oportunidade para espreitar por uma janela que mostra o Universo e que pode estar a chegar perto de si.

Via Láctea nos céus da Turquia


Crédito: Tunç Tezel (TWAN)

À procura dos planetas e da Via Láctea no Verão, o astrónomo Tunç Tezel fez uma pequena viagem nocturna.

No último Sábado, após percorrer a estrada para Uludag, uma montanha perto de Bursa, Turquia, foi recompensado com esta espectacular imagem do céu a Sul.

Perto do centro*, o brilhante planeta Júpiter brilha mais que as luzes das cidades por baixo e que as estrelas da constelações de Sagitário.

Por cima dos picos das montanhas, nuvens em forma de arco parecem apontar para a própria aparição nebulada da Via Láctea, mergulhando no horizonte distante.

Em turco, Uludag significa Grande Montanha. Uludag era conhecida na Antiguidade como Mysian Olympus.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Hickson 44 em Leão


Crédito: Stephen Leshin

Ao procurar por galáxias no céu, o astrónomo canadiano Paul Hickson e seus colegas identificaram cerca de 100 grupos compactos de galáxias, agora apelidados apropriadamente de Grupos Compactos de Hickson.

As quatro proeminentes galáxias vistas nesta paisagem celeste pertencem a um tal grupo, Hickson 44, e estão a cerca de 100 milhões de anos-luz na direcção da constelação de Leão.

As duas galáxias espirais no centro da imagem são: NGC 3190, com os seus braços distorcidos de poeira, e NGC 3187 com a forma de um S.

Visível é também a galáxia elíptica NGC 3193 à direita, e juntas constituem o grupo Arp 316.

A espiral no canto superior esquerdo é NGC 3185, o quarto membro do grupo Hickson.

Tal como outras galáxias nos grupos de Hickson, estas mostram sinais de distorção e avançada formação estelar, evidências de guerras gravitacionais que eventualmente irão resultar em fusões galácticas numa escala de tempo cósmica.

Sabe-se agora que as fusões são parte normal da evolução das galáxias, incluindo a nossa própria Via Láctea. Para efeitos de escala, à distância estimada de Hickson 44, NGC 3190 mede mais ou menos 75.000 anos-luz de diâmetro.

NGC 3187 - Galáxia Espiral Barrada

NGC 3187 é uma galáxia espiral barrada (SBc/P) localizada na direcção da constelação de Leo. Possui uma declinação de +21° 52' 26" e uma ascensão recta de 10 horas, 17 minutos e 47,7 segundos.

A galáxia NGC 3187 foi descoberta em 1850 por William Parsons.(Wikipédia)
outras denominações
UGC 5556,
IRAS10150+2207,
MCG 4-24-25,
ARP 316,
ZWG 123.36,
VV 307,
HCG 44D,
PGC 30068




NGC 3187 e NGC 3190

pertencem ao grupo de galáxias chamado Hicksom 44 em Leão

Conjunção de Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter em Maio de 2011

Crédito: Luis Argerich

Após mais de um mês, o espantoso conjunto de quatro planetas, visíveis a olho nu nos céus ao amanhecer, está a chegar ao fim.

Mesmo assim, no dia 31 de Maio de 2011, a Lua juntou-se ao grupo, perto do horizonte a Este, para um espectáculo celeste final, capturado aqui nesta cena madrugadora a partir de uma praia perto de Buenos Aires, Argentina.

Uma imagem favorável da configuração para o hemisfério sul, a foto foi obtida cerca de 30 minutos antes do nascer-do-Sol. Em ordem, de baixo para cima, estão os errantes Mercúrio, Vénus, Marte e Júpiter, esticados ao longo do plano da eclíptica.

O crescente iluminado da Lua afunda-se no colorido lusco-fusco mesmo para a esquerda de Mercúrio. Durante os próximos dias, Marte e Júpiter vão continuar a subir enquanto Vénus e Mercúrio aproximam-se do horizonte e do Sol nascente.

Conjunção de Venus e Mercúrio em Abril de 2010



Nesta paisagem celeste ao pôr-do-Sol, um moinho de vento é testemunha silenciosa de um lindo par de planetas a Oeste.

A imagem foi capturada no dia 5 de Abril em Gallegos del Campo, Zamora, Espanha. Vénus (esquerda) e Mercúrio (direita) estão perto da muito antecipada conjunção ao início da noite.

Mesmo nestes dias que se aproximam, estas duas "estrelas da tarde" estarão bastante perto uma da outra no céu a Oeste ao lusco-fusco.

De fato, tendo Venus como guia, os observadores do céu terão uma excelente ajuda para avistar o vizinho Mercúrio, um planeta muitas vezes escondido pelo brilho do Sol.


PS:
essa conjunção entre Venus e Mercurio
teve início no começo desse mes de Abril de 2010
e vai até quase sábado dia 17 - quando estarão já se separando ...
ficando cada vez mais distantes...


agora... a mesma conjunção vista em Paris - Crédito: Josselin Desmars





No início do mês de abril de 2010, Vénus e Mercúrio apareceram no céu Oeste ao lusco-fusco, entretendo os observadores do planeta Terra numa bonita conjunção de "estrelas da tarde".

Combinando 8 imagens obtidas entre 4 e 15 de Abril, esta composição segue o seu progresso pelos céus de Portsmouth, Reino Unido.

Cada imagem individual foi capturada pelas 19:50 UT.

O percurso sequencial de ambos os planetas começa baixo e para a esquerda.

Mas enquanto Vénus continua a afastar-se do pôr-do-Sol, movendo-se para mais alto no horizonte a Oeste, Mercúrio primeiro sobe e depois cai.

O seu ponto mais alto é o da imagem obtida dia 11.

No dia 15 de Abril, Vénus e Mercúrio são acompanhados por uma jovem Lua Crescente

Raios lunares por cima do Observatório Byurakan



Crédito: Babak Tafreshi (TWAN)

A 7 de Setembro, a Lua em Quarto Crescente e nuvens passageiras contribuiram para um dramático céu nocturno por cima do Observatório Astrofísico de Byurakan.

Esta vista panorâmica começa à esquerda, olhando para o horizonte a Este e para as estrelas da constelação de Perseu que nascem.

Desviando o olhar para a direita (Sul), encontrará a cúpula do grande observatório, que contém um telescópio com 2,6 metros de diâmetro, iluminado pelas luzes da vizinha Yerevan, a capital da Arménia.

Bem alojada por cima do observatório está a brilhante estrela gigante Enif, pertencente à alta constelação de Pégaso.

Mais para a direita, o farol celeste mesmo por cima das nuvens é o rei dos planetas do Sistema Solar, Júpiter. Para o lado, a Lua encontra-se quase escondida por nuvens que se aproximam, cujas próprias nuvens provocam sombras na brilhante luz lunar, criando o efeito de raios lunares pelo céu nocturno.

Um Eclipse Solar total.



- Crédito: Miloslav Druckmuller (Brno University of Technology), Peter Aniol, Vojtech Rusin

Por um momento a 1 de Agosto, o céu diurno tornou-se negro ao longo do percurso de um eclipse solar total.

Enquanto observava o evento celeste geocêntrico a partir da Mongólia, o fotógrafo Miloslav Druckmuller registou múltiplas imagens de duas câmaras à medida que a Lua bloqueava o brilhante disco solar e escurecia o céu.

A composição final consiste de 55 imagens que variam em tempos de exposição entre 1/125 até 8 segundos. Cobre quase 12 graus no céu, com a posição relativa da Lua e do Sol correspondendo ao meio do eclipse.

À esquerda encontra-se o brilhante planeta Mercúrio, mas muitas estrelas são também visíveis, incluindo o enxame aberto do Presépio (também conhecido como M44) em Caranguejo, por cima e para a direita da Lua.

Espectacularmente, as condições quase-perfeitas e as grandes variações nas exposições individuais permitem com que a superfície da Lua seja registada e com que a delicada coroa solar seja observada a uma distância de quase 20 vezes o raio do Sol.

De facto, a composição apresenta uma variação de brilho para lá do que o olho humano pode ver durante o eclipse.

Via Láctea por cima de Ontário


por cima de Ontario, no Canadá, quando parte de um esplêndido céu também ficou visível no reflexo de um lago.

Para começar, os objectos mais brilhantes visíveis são estrelas e o planeta Júpiter, o ponto mais brilhante no canto superior esquerdo.

Uma cidade à distância aparece como um brilho difuso por cima do horizonte.
Ainda mais ténue, o disco da Via Láctea torna-se aparente como uma dramática banda difusa ao longo do céu que parece colidir com o horizonte à distância.

No pano da frente, uma paisagem pitoresca inclui árvores, um lago e um muro de pedra.

Finalmente, nesta noite serena de Julho, quando o lago estava calmo, aparece também o reflexo do céu. No lago são observáveis não só algumas das estrelas mais brilhantes, mas a própria banda da nossa Galáxia.

Uma inpecção mais cuidada da imagem revela, no entanto, que estrelas brilhantes deixam pequenos riscos no reflexo do lago mas que não aparecem no céu.

A razão para tal é que a imagem do lado é na realidade uma composição digital de exposições consecutivas a partir da mesma câmara. No primeiro conjunto de exposições, as imagens do céu foram agrupadas em ligeiras rotações para que as estrelas ficassem no mesmo lugar.

Crédito: Kerry-Ann Lecky Hepburn (Weather and Sky Photography)

Venus e Lua


- Crédito: Johannes Schedler (Observatório Panther)
Recorte: Vincent Jacques


No dia 1 de Dezembro, os brilhantes planetas Vénus e Júpiter aglomeraram-se perto de uma jovem e crescente Lua, uma inspiradora cena celeste ao início da noite nos céus de todo o mundo.

Mas em alguns locais a Lua na realidade passou em frente de Vénus, interrompendo o grupo com uma ocultação lunar.


Capturada a partir de Wildon, Áustria, esta imagem mostra a prateada "estrela da tarde" cerca de cinco minutos antes de deslizar para trás do limbo lunar e desaparecer durante mais de uma hora.

A imagem é uma combinação de exposições longas e curtas que mostram detalhes da superfície lunar, iluminada tanto pelo ténue brilho da Terra como pela luz solar.

Na imagem de recorte, registada mais tarde em céus ainda mais escuros por cima de Breil-sur-Roya no Sudeste da França, um esplêndido Vénus reaparece por baixo do brilhante crescente lunar.

Claro, Júpiter, para cima e para a direita a cerca de 2 graus de Vénus e da Lua, mostra as suas próprias luas como pequeníssimos pontos de luz nos dois lados do planeta.

Meteoros de Leão



As bolas de fogo podem ser impressionantes.

O astrofotógrafo italiano Lorenzo Lovato registou esta bola de fogo das Leónidas
a 17 de Novembro de 1998.

Crédito: Lorenzo Lovato

Os 4 planetas rochosos do Sistema Solar em uma única foto



Crédito: Mike Salway (IceInSpace)

Consegue avistar os quatro planetas rochosos do Sistema Solar?

Na imagem abaixo, tirada a 20 de Setembro de 2008, todos estão visíveis num único olhar, mas alguns podem não ser o que pensa.

O objecto mais alto e mais brilhante no céu é o planeta Venus.
O objecto mais baixo no céu é o planeta Marte,
enquanto o objeto mais para a esquerda é o planeta Mercúrio.


O ponto de luz restante é... a brilhante estrela Espiga, que leva à questão --
onde está o quarto planeta rochoso?

Esse é a Terra, especificamente uma parte da Austrália, visível na parte de baixo da imagem.

NGC 3372 - Nebulosa Carina

Uma jóia do céu do Hemisfério Sul, a Grande Nebulosa Carina, também conhecida como NGC 3372, tem um tamanho de aproximadamente 300 anos-luz, uma das maiores regiões de formação estelar da nossa Galáxia.

Tal como a mais pequena Grande Nebulosa de Orionte a Norte, a Nebulosa Carina é facilmente visível a olho nu, embora a uma distância de 7500 anos-luz, esteja 5 vezes mais distante.

Esta espectacular imagem, obtida pelo telescópio de 2,2 metros ESO/MPG no Observatório La Silla no Chile, revela detalhes magníficos dos filamentos brilhantes de gás interestelar e das nuvens de poeira cósmica escura.

A Nebulosa Carina é o lar de estrelas jovens e extremamente massivas, incluindo a ainda enigmática estrela variável Eta Carinae, uma estrela com mais de 100 vezes a massa do Sol.

Eta Carinae é a estrela mais brilhante para a esquerda da zona central neste campo e perto da poeirenta Nebulosa Buraco de Fechadura





Numa das mais brilhantes partes da Via Láctea situa-se uma nebulosa onde as mais estranhas coisas acontecem. NGC 3372, conhecida como a Grande Nebulosa em Carina, é o lar de estrelas massivas e de nebulosas em mudança.

Eta Carina, a estrela mais energética na nebulosa, foi uma das estrelas mais brilhantes do céu em meados de 1830, mas depois o seu brilho diminuiu drasticamente.

A Nebulosa Buraco de Fechadura, visível perto do centro, contém algumas das estrelas mais massivas que se conhece e também mudou a sua aparência.

A Nebulosa Carina mede mais de 300 anos-luz e situa-se a 7,000 anos-luz na direcção da constelação da Quilha. A imagem do lado foi tirada no Chile. Eta Carina poderá explodir numa dramática supernova nos próximos milhares de anos.
Crédito: Loke Kun Tan




Pilar de Poeira da Nebulosa Carina 

- Crédito: NASA, ESA, e M. Livio e a Equipa do 20.º Aniversário do Hubble (STScI)

Dentro da cabeça deste monstro interestelar está uma estrela que lentamente o destrói.

O monstro, à direita, é na realidade um pilar inanimado de gás e poeira que mede mais de um ano-luz em comprimento.

A estrela, não visível através da poeira opaca, está rebentando parcialmente ao ejetar feixes energéticos de partículas.

Semelhantes batalhas épicas acontecem por toda a região da Nebulosa Carina.

As estrelas irão ganhar no fim, destruindo os seus pilares da criação durante os próximos 100.000 anos, e resultando num novo enxame aberto.

Os pontos rosa na imagem são estrelas recém-formadas já livres dos seus casulos.

A imagem acima foi anunciada a semana passada em comemoração do 20.º aniversário do Telescópio Espacial Hubble.

O nome técnico para os jatos estelares é objeto Herbig-Haro.

Como uma estrela cria jatos Herbig-Haro permanece ainda um tópico de investigação, mas provavelmente envolve um disco de acreção que orbita em torno de uma estrela central. Um segundo e impressionante jato Herbig-Haro ocorre diagonalmente perto do centro da imagem.




Date: 23 Apr 2010
Satellite: Hubble Space Telescope
Depicts: Detail of the Carina Nebula
Copyright: NASA, ESA, M. Livio and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)

Essa é uma imagem da NASA obtida pelo telescópio Huble, um imagem infravermelho de um pilar de gás e poeira com 3 anos-luz de altura, que está sendo devorado pela luz brilhante das estrelas próximas no tempestuoso berçário estelar chamado Nebulosa Carina, localizado 7500 luz anos de distância, ao na sul da constelação de Carina.

A imagem de marca o 20° aniversário do lançamento do Hubble .

A imagem revela uma miríade de estrelas por trás do véu de parede de gases da nebulosa de hidrogênio, misturado com poeira.

O pilar torna-se semi-transparente, porque a luz infravermelha de estrelas de fundo penetra a maior parte do pó.

Algumas estrelas dentro do pilar também se tornam visíveis.
As cores falsas são divididas em três diferentes comprimentos de onda infravermelha.


Hubble Wide Field Camera 3 observou o pilar em fevereiro / março de 2010.




Comparison views of 'Mystic Mountain'

Date: 23 Apr 2010
Satellite: Hubble Space Telescope
Depicts: Detail of the Carina Nebula
Copyright: NASA, ESA, M. Livio and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)

Estas duas imagens de um pilar de nascimento de estrelas, com  três anos-luz de altura, demonstra como observações feitas em luz visível e infravermelha pela NASA / ESA Hubble Space Telescope pode revelar dramaticamente diferentes e complementares pontos de vista de um objeto. O par de imagens mostra como nova visão do Hubble pancromática do Universo mostra notável diferença entre comprimentos de onda visível e infravermelho.


Este pináculo cósmico  turbulento reside dentro de um viveiro estelar da tempestuosa Nebulosa Carina, localizado 7.500 anos-luz de distância na constelação de Carina.

As imagens marcam o 20 º aniversário do lançamento do Hubble e de implantação em uma órbita ao redor da Terra.

À esquerda, em luz visível, mostra como a abrasadora radiação e ventos rápidos (correntes de partículas carregadas) de super-estrelas quentes e recém-nascido na nebulosa estão a moldar e comprimir a coluna, causando novas estrelas a se formar dentro dele.

Novas estrelas enterradas dentro de disparos de jatos de gás que pode ser vista a partir de picos elevados. Flâmulas de gás ionizado quentes podem ser visto fluindo dos cumes da estrutura, e véus soltos de gás e poeira, iluminados pela luz das estrelas, flutuam em torno dele.


As densas partes do pilar estão resistindo a erosão pela radiação.

As cores nesta imagem composta correspondem ao brilho do oxigênio (azul), hidrogênio e nitrogênio (verde) e enxofre (vermelho).

À direita, a imagem em infravermelho mostra uma miríade de estrelas que estão  por trás do véu de gases misturado com poeira.

O pilar do plano torna-se semi-transparente, porque a luz infravermelha das estrelas ao fundo penetra a maior parte do pó.

Algumas estrelas dentro do pilar também se tornam visíveis. As cores que aparecem na imagem  são divididas em três diferentes comprimentos de onda infravermelha.

Hubble Wide Field Camera 3 observou o pilar em fevereiro / março de 2010.





Date: 23 Apr 2010
Satellite: Hubble Space Telescope
Depicts: Detail of the Carina Nebula
Copyright: NASA, ESA, and M. Livio, The Hubble Heritage Team and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)

A NASA / ESA Hubble capturou esta nuvem de gás frio e poeira interestelar, de um berçário estelar tempestuoso localizado na Nebulosa Carina, 7.500 anos-luz de distância na constelação de Carina.

Esta coluna de poeira e gás atua como uma incubadora de novas estrelas e está repleta de atividades de formação de novas estrelas .

Estrelas quentes e jovens corroem e esculpem as nuvens nesta paisagem, enviando grossos ventos estelares e o ardente calor da radiação ultravioleta.


As regiões de baixa densidade da nebulosa são trituradas, enquanto as partes mais densas resistem à erosão e permanecem como pilares com espessura.

No escuro e frio interior dessas colunas novas estrelas continuam a se formar.

Part of the material is ejected along jets perpendicular to the accretion disc. The jets have speeds of several hundreds of miles per second. As these jets plough into the surrounding nebula, they create small, glowing patches of nebulosity, called Herbig-Haro (HH) objects.

No processo de formação de estrelas, um disco em torno do proto-estrela cresce lentamente na superfície da estrela.

Parte do material é ejetado ao longo em jatos perpendiculares ao disco de acreção. Os jatos têm velocidades de várias centenas de quilômetros por segundo. Como estes jatos se espalham ao redor da nebulosa, criam pequenas manchas brilhantes de nebulosidade, chamado Herbig-Haro (HH) objetos.



Date: 23 Apr 2010
Satellite: Hubble Space Telescope
Depicts: Close-up views of structures in the Carina Nebula
Copyright: NASA, ESA, M. Livio and the Hubble 20th Anniversary Team (STScI)

Esta é uma série de close-up das estruturas complexas de gás em uma pequena porção da nebulosa Carina.

A nebulosa é uma nuvem fria com predominância de gás hidrogênio.
Pode ser misturado com poeira, que faz a nuvem opaca.
A nuvem está sendo corroída por um jorro de luz ultravioleta das estrelas jovens na região.
Eles esculpem uma variedade de formas de fantasia...



Nuvens tumultuosas da Nebulosa Carina, a 8,000 anos-luz de distância brilham no céu do Hemisfério Sul da Terra.

Esta espantosa ampliação detalhada mostra uma porção da famosa nebulosa, que resulta da combinação de exposições em seis filtros diferentes tiradas pelo Telescópio Espacial Hubble em Abril de 1999.

Os nós escuros de pó e as características complexas são esculpidas pelos ventos e pela radiação das estrelas energéticas e massivas de Carina.

Mas como foram as cores desta imagem geradas?

As imagens do Hubble podem ser produzidas pela composição de exposição usando filtros relativamente estreitos que não coincidem com as cores observadas pelo olho humano.

Alguns destes filtros até transmitem em comprimentos de onda para lá do espectro visível.

As exposições feitas com estes diferentes filtros, como é este o caso, são traduzidas para uma cor visível onde os comprimentos de onda mais curtos recebem tons azuis e comprimentos de onda mais longos recebem tons mais avermelhados.

Este esquema de cores representa uma maneira "ordenadamente cromática" de apresentar os dados em vez de uma imagem a cores naturais.

Crédito: Hubble Heritage Team (AURA/STScI /NASA)



Numa das partes mais brilhantes da Via Láctea encontra-se uma nebulosa onde ocorrem algumas das coisas mais invulgares conhecidas. A NGC 3372, conhecida como a Grande Nebulosa de Carina, é o lar de estrelas massivas e e de nebulosas em transformação.

Eta Carinae, a estrela mais energética da nebulosa, foi uma das mais brilhantes estrelas do céu por volta de 1830, mas depois o seu brilho decaiu dramaticamente.

A Nebulosa da Fechadura, visível à esquerda do centro, alberga várias das estrelas mais massivas conhecidas e a sua aparência tem sofrido alterações ao longo do tempo.

A totalidade da Nebulosa Carina estende-se por mais de 300 anos-luz e encontra-se a cerca de 7.500 anos-luz de distância na direção da constelação de Carina.

A imagem acima é a imagem mais detalhada da Nebulosa Carina jamais tirada.

A imagem colorida é uma composição de 48 imagens de alta resolução obtidas há dois anos pelo Telescópio Espacial Hubble.




Como é que as violentas estrelas afetam os seus arredores?

Para ajudar a responder a esta pergunta, os astrônomos apontaram o Telescópio Hubble para as regiões em torno de Eta Carina, uma estrela que mostra sinais de poder explodir dentro de aproximadamente um milhão de anos.

A nebulosidade vizinha, vista na imagem do lado, é o lar de corrente de gás quente, zonas de gás frio, nós de glóbulos escuros, e pilares de matéria interestelar densa que poderá estar a formar jovens estrelas.

A imagem cobre uma área de cerca de 3 anos-luz, uma região entre o casulo de Eta Carina, que se estende 0.5 ou 1 ano-luz, e a Grande Nebulosa Carina, que se estende por mais de 300 anos-luz.

Em Abril de 1843, Eta Carina tornou-se brevemente na segunda estrela mais brilhante do céu noturno (a seguir a Sirius), mesmo a uma distância de 7,500 anos-luz.

Crédito: Hubble Heritage Team (AURA/STScI), S. Casertano (STScI) et al., NASA








O VLT (Very Large Telescope) do ESO capturou a imagem infravermelha mais 
detalhada até agora da Nebulosa Carina, um berçário estelar. 
Muitas estruturas previamente escondidas e espalhadas pela espetacular 
paisagem celeste de gás, poeira e estrelas jovens, são agora visíveis. 
Esta é uma das imagens mais extraordinárias obtidas pelo VLT.

No coração profundo da Via Láctea, a Sul, encontra-se a maternidade estelar 
chamada Nebulosa Carina.

Situa-se a cerca de 7500 anos-luz de distância da Terra na direção da 
constelação da Quilha.

Esta nuvem de gás e poeira brilhante é uma das incubadoras de estrelas de 
grande massa mais próximas da Terra, incluindo várias das estrelas mais 
brilhantes e de maior massa que se conhecem.

Uma delas, a misteriosa e altamente instável Eta Carinae, foi a segunda estrela 
mais brilhante no céu durante vários anos, por volta de 1840 e irá provavelmente 
explodir como uma supernova num futuro próximo, em termos astronômicos.

A Nebulosa Carina é um laboratório perfeito para estudar os nascimentos 
violentos e as vidas iniciais  das estrelas.

Embora esta nebulosa seja espetacular em imagens no visível, o certo é que 
muitos dos seus segredos se encontram escondidos por detrás das espessas 
nuvens de poeira.

Para conseguir penetrar este véu, uma equipe de astrônomos europeus liderada 
por Thomas Preibisch, do Observatório da Universidade de Munique, Alemanha, 
utilizou o VLT e a sua câmara infravermelha HAWK-I.

Centenas de imagens individuais foram combinadas para criar esta imagem, que é
 o mosaico infravermelho mais detalhado alguma vez obtido para esta nebulosa, 
sendo igualmente uma das melhores imagens jamais criadas pelo VLT. 
Mostra-nos não apenas as estrelas brilhantes de grande massa, mas também 
centenas de milhares de estrelas muito mais tênues, as quais não se conseguiam 
observar anteriormente.

A ofuscante estrela Eta Carinae aparece na parte inferior esquerda da nova 
imagem.

Encontra-se rodeada por nuvens de gás que brilham devido a intensa radiação 
ultravioleta.

Por toda a imagem aparecem também muitas bolhas compactas de matéria escura
que permanecem opacas mesmo no infravermelho. São casulos de poeira onde 
novas estrelas se encontram em formação.

Durante os últimos milhões de anos, esta região do céu formou um grande número 
de estrelas, tanto individuais como em enxames. 
O brilhante enxame estelar próximo do centro da imagem chama-se Trumpler 14. 
Embora este objeto se observe perfeitamente no visível, nesta imagem 
infravermelha conseguem distinguir-se muito mais estrelas tênues.

E do lado esquerdo da imagem, podemos observar uma pequena concentração de 
estrelas amareladas. Este grupo foi visto pela primeira vez nestes novos dados do 
VLT: estas estrelas não são de todo observáveis no visível. Este é apenas um dos 
muitos objetos novos revelados pela primeira vez neste panorama. 

NGC 7635 - Nebulosa da Bolha - Bubble Nebula



É a eterna luta entre a bolha e a nuvem. NGC 7635, a Nebulosa da Bolha, está a ser empurrada pelos ventos estelares da massiva estrela central BD+602522.

Mesmo ao lado, no entanto, vive uma nuvem molecular gigante, visível no canto superior esquerdo.
Neste local no espaço, uma força irresistível enfrenta um objecto imovível de uma forma interessante.
A nuvem é capaz de conter a expansão da bolha de gás, mas é despedaçada pela quente radiação proveniente da estrela central da bolha. A radiação aquece as regiões densas da nuvem molecular, provocando o brilho laranja.

A Nebulosa da Bolha mede 10 anos-luz de diâmetro e faz parte de um complexo bastante maior de estrelas e conchas. A Nebulosa da Bolha pode ver observada com um pequeno telescópio na direcção da constelação de Cassiopeia.

Crédito: Hubble Heritage Team (AURA/ STScI/ NASA)




A Nebulosa da Bolha - Crédito: Kent Wood
Soprada pelo vento de uma estrela massiva, esta aparição interestelar tem uma forma surpreendentemente familiar. Catalogada como NGC 7635, também é conhecida simplesmente como a Nebulosa da Bolha (Bubble Nebula).

Esta imagem telescópica colorida inclui uma longa exposição através de um filtro de hidrogénio alfa para revelar detalhes da bolha cósmica e do seu ambiente. Embora pareça frágil, os 10 anos-luz de diâmetro bolha oferece evidências de processos violentos em curso no seu interior.

Acima e à direita do centro da bolha encontra-se uma brilhante e quente estrela Wolf-Rayet com uma massa 10 a 20 vezes a do Sol. A intrigante Nebulosa da Bolha encontra-se a 11.000 anos-luz de distância na direcção da constelação Cassiopeia




A navegar no mar cósmico de estrelas e gás, esta delicada aparição está catalogada como NGC 7635 -- A Nebulosa da Bolha.

Está situa-se no centro de um maior complexo de gás brilhante a cerca de 11,000 anos-luz de distância na constelação de Cassiopeia. NGC 7635 é na realidade uma bolha interestelar, formada por ventos originários da mais brilhante estrela dentro da bolha.

A expansão da bolha está aprisionada pelo material dos arredores. Com cerca de 10 anos-luz de diâmetro, se a Nebulosa da Bolha fosse centrada no nosso Sol, o vizinho estelar mais próximo, Alpha de Centauro, também estaria dentro da bolha. Esta espectacular imagem é uma combinação de imagens digitais telescópicas registadas através de filtros.

Crédito: Robert Gendler





Nebulosa da Bolha - Crédito: Dave Jurasevich (Observatório do Monte Wilson)
Soprada pelo vento de uma estrela massiva, esta aparição interestelar tem uma forma surpreendentemente familiar. ...

Acima e à direita do centro da bolha encontra-se uma brilhante e quente estrela do tipo-O, várias centenas de milhar de vezes mais luminosa e cerca de 45 vezes mais massiva que o Sol. Um poderoso vento estelar e uma intensa radiação da estrela expeliu a brilhante estrutura gasosa contra um material mais denso em torno da nuvem molecular em redor.

A intrigante Nebulosa da Bolha encontra-se a 11.000 anos-luz de distância na direcção da constelação de Cassiopeia. Esta imagem em cores-falsas, capturada com um pequeno telescópio no Observatório do Monte Wilson em Los Angeles, EUA, mostra a emissão dos átomos de enxofre, hidrogénio e oxigénio nos tons vermelho, verde e azul, respectivamente.







The Bubble and M52
Credit & Copyright: Tony Hallas

Explanation: To the eye, this cosmic composition nicely balances the Bubble Nebula at the upper right with open star cluster M52.

The pair would be lopsided on other scales, though. Embedded in a complex of interstellar dust and gas and blown by the winds from a single, massive O-type star, the Bubble Nebula (aka NGC 7635) is a mere 10 light-years wide.

On the other hand, M52 is a rich open cluster of around a thousand stars.

The cluster is about 25 light-years across. Seen toward the northern boundary of Cassiopeia, distance estimates for the Bubble Nebula and associated cloud complex are around 11,000 light-years, while star cluster M52 lies nearly 5,000 light-years away.

M 052 - NGC 7654 - Enxame Aberto Constelação de Cassiopéia



M52 é um enxame aberto descoberto por Charles Messier em 1774.
 Situa-se a cerca de 5,000 anos-luz na direcção da constelação de Cassiopeia.
Com uma magnitude de 7.3, é possível observá-lo de binóculos.
Crédito: Robert Gendler






Nebulosa da Bolha
The Bubble and M52
Credit & Copyright: Tony Hallas

Explanation: To the eye, this cosmic composition nicely balances the Bubble Nebula at the upper right with open star cluster M52.

The pair would be lopsided on other scales, though. Embedded in a complex of interstellar dust and gas and blown by the winds from a single, massive O-type star, the Bubble Nebula (aka NGC 7635) is a mere 10 light-years wide.

On the other hand, M52 is a rich open cluster of around a thousand stars.

The cluster is about 25 light-years across. Seen toward the northern boundary of Cassiopeia, distance estimates for the Bubble Nebula and associated cloud complex are around 11,000 light-years, while star cluster M52 lies nearly 5,000 light-years away.

NGC 1999 - Nebulosa de Reflexão

A sul da grande região de formação conhecida como Nebulosa de Orionte, situa-se a brilhante nebulosa de reflexão azul NGC 1999.

Crédito: Adam Block, Mt. Lemmon SkyCenter, U. Arizona

Também na fronteira do complexo de nuvens moleculares de Orionte, a uns 1500 anos-luz de distância, a iluminação de NGC 1999 é providenciada pela estrela variável embebida V380 Orionis.

A nebulosa é marcada pela forma de um T deitado e escuro perto do centro nesta grande vista cósmica que cobre mais de 10 anos-luz. Pensava-se que esta forma escura era uma nuvem de poeira obscurecente, vista em silhueta contra a brilhante nebulosa de reflexão.

Mas recentes imagens no infravermelho indicam que a forma é provavelmente um buraco dentro da própria nebulosa, "soprado" por estrelas jovens e energéticas. De facto, esta região contém muitas destas estrelas que produzem jactos e fluxos e que criam ondas de choque luminosas.

Catalogados como objectos Herbig-Haro (HH), em nome dos astrónomos George Herbig e Guillermo Haro, os choques aparecem como vermelho-vivo nesta imagem que inclui HH1 e HH2 mesmo por baixo de NGC 1999. Os jactos estelares e fluxos empurram o material em redor a velocidades de centenas de quilómetros por segundo.





Uma brilhante e poeirenta nebulosa contrasta dramaticamente com uma nebulosa escura nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble, registada pouco tempo depois da missão orbital de serviço de Dezembro de 1999.

A nebulosa, catalogada como NGC 1999, é uma nebulosa de reflexão, que brilha ao reflectir a luz de uma estrela vizinha. Ao contrário das nebulosas de emissão, cujo brilho avermelhado deriva dos átomos excitados do gás, as nebulosas de reflexão têm um tom azulado pois a poeira interestelar preferencialmente reflecte a luz estelar azul. Embora a nebulosa de reflexão mais famosa seja a que rodeia o enxame estelar aberto das Plêiades, a iluminação estelar de NGC 1999 provém da estrela variável V380 Orionis, vista aqui mesmo para a esquerda do centro. Extendendo-se para a direita do centro, a nebulosa escura é na realidade uma condensação de uma nuvem molecular de gás frio e poeira tão espessa e densa que bloqueia a luz.

Da nossa perspectiva situa-se em frente da brilhante nebulosa, tendo como pano de fundo o brilho fantasmagórico da nebulosa. De certo que se irão formar novas estrelas dentro da nuvem escura, chamada glóbulo de Bok, à medida que a sua gravidade continua a comprimir o denso gás e poeira.

A nebulosa de reflexão NGC 1999 situa-se a 1,500 anos-luz de distância na direcção da constelação Orionte, a Sul da bem conhecida nebulosa de emissão, M42.
Crédito: Hubble Heritage Team (STScI) e NASA




HERSCHEL ENCONTRA UM BURACO NO ESPAÇO  


 
O telescópio espacial infravermelho da ESA, Herschel, fez uma descoberta inesperada: um buraco no espaço. O buraco deu aos astrónomos um surpreendente vislumbre do final do processo de formação de estrelas.

As estrelas nascem em nuvens densas de pó e gás que podem ser estudadas com detalhe graças ao Herschel. Apesar de já terem sido vistos jactos e ventos de gás vindos de estrelas novas, foi sempre um mistério a forma exacta como uma estrela usa isso para afastar o envolvente e emergir das sua nuvem de nascimento. Agora, pela primeira vez, o Herschel pode estar a observar um passo inesperado neste processo.

Uma nuvem de gás brilhante e a reflectir, conhecida como NGC 1999, está ao lado de uma parte preta do céu. Durante grande parte do século XX, estas manchas negras foram conhecidas como nuvens densas de gás e poeira que bloqueiam a passagem da luz.


NGC 1999: um verdadeiro buraco no espaço
Crédito: ESA/Consórcio HOPS
(clique na imagem para ver versão maior)

Quando o Herschel foi apontado nesta direcção para estudar as estrelas novas vizinhas, a nuvem continuou a parecer preta. Mas isto não devia acontecer. Os olhos infravermelhos do Herschel foram desenhados para ver por dentro das nuvens. Ou a nuvem era muito densa ou então alguma coisa estava errada.

Investigando mais ainda, usando telescópios terrestres, os astrónomos depararam-se com o mesmo, mas pensaram: esta mancha parece preta não por ser um denso amontoado de gás mas porque está verdadeiramente vazia. Alguma coisa fez uma buraco na nuvem. «Nunca tinha sido visto um buraco destes», diz Tom Megeath, da Universidade de Toledo, Estados Unidos. «É tão surpreendente como sabermos que temos buracos de minhocas no jardim e descobrir numa manhã que estes se transformaram num gigantesco buraco.»

Os astrónomos pensam que o buraco deve ter-se aberto quando os jactos de gás de algumas das estrelas jovens na região furaram o lençol de pó e gás que formam NGC 1999. A radiação poderosa de uma estrela madura vizinha pode também ter ajudado a limpar o buraco. Qualquer que seja a cadeia precisa de eventos, pode ser um importante vislumbre acerca da forma como as estrelas recém-nascidas dispersam as suas nuvens de nascimento.

NGC 3621 - Galáxia

A galáxia brilhante NGC 3621, capturada com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio de 2,2 metros, instalado no Observatório do ESO de La Silla, Chile, parece ser um exemplar perfeito de uma espiral clássica. No entanto, é bastante invulgar: esta galáxia não tem bojo central e é por isso descrita como uma galáxia de disco puro.


Imagem obtida pelo instrumento WFI da galáxia NGC 3621.
Crédito: ESO, Joe DePasquale
(clique na imagem para ver versão maior)

NGC 3621 é uma galáxia espiral situada a cerca de 22 milhões de anos-luz de distância na constelação da Hidra. É relativamente brilhante e pode ser observada com um telescópio de tamanho médio. Esta imagem foi obtida com o instrumento WFI (Wide Field Imager) acoplado ao telescópio MPG/ESO de 2,2 metros, instalado no Observatório do ESO de La Silla, Chile. Os dados foram seleccionados, a partir de arquivo ESO, por Joe DePasquale, que participou no concurso Tesouros Escondidos. A imagem de NGC 3621 submetida por Joe ao concurso valeu-lhe o quinto lugar nesta competição.

A galáxia tem a forma de uma panqueca achatada, o que indica que ainda não interagiu de forma directa com outra galáxia, sofrendo por exemplo uma colisão galáctica, o que teria perturbado o fino disco de estrelas e criado um pequeno bojo no seu centro. A maioria dos astrónomos pensa que as galáxias crescem por fusão com outras galáxias, num processo chamado formação hierárquica de galáxias. Com o tempo este processo deverá criar bojos grandes no centro das espirais. Investigações recentes sugeriram, no entanto, que galáxias espirais sem bojo, ou de disco puro, como NGC 3621, são na realidade bastante comuns.

Esta galáxia torna-se igualmente interessante na medida em que, encontrando-se relativamente próxima, permite-nos estudar uma grande variedade de objectos astronómicos que se encontram no seu interior, incluindo maternidades estelares, nuvens de poeira e estrelas pulsantes, as chamadas variáveis Cefeidas. Estas últimas são utilizadas como marcos de distância no Universo. Nos finais dos anos 90, NGC 3621 foi uma das 18 galáxias seleccionadas para um Programa Chave do Telescópio Espacial Hubble: observar variáveis Cefeidas e medir a taxa de expansão do Universo com uma precisão maior do que a conseguida até então. Neste projecto, que correu bastante bem, foram observadas, apenas nesta galáxia, 69 Cefeidas.

Múltiplas imagens monocromáticas obtidas através de quatro filtros de cor diferentes foram combinadas para obter esta fotografia. Imagens obtidas com o filtro azul aparecem-nos a azul, imagens tiradas através do filtro amarelo-verde estão a verde e imagens obtidas através do filtro vermelho são laranja escuro. Adicionalmente, imagens tiradas através de um filtro que isola o brilho do gás de hidrogénio apresentam-se vermelhas. Os tempos de exposição totais por filtro foram de 30, 40, 40 e 40 minutos, respectivamente.



NGC 2170 - Nebulosa de Reflexão


Crédito: Adam Block, Mt. Lemmon SkyCenter, U. Arizona

Neste lindo quadro cósmico pintado com um pincel celeste, a nebulosa NGC 2170 brilha perto do canto superior esquerdo.

Refletindo a luz de estrelas quentes e vizinhas, NGC 2170 é acompanhada por outras nebulosas de reflexão azuis, uma região compacta e avermelhada de emissão, e correntes de poeira escura contra um fundo de estrelas.

Tal como os pintores cá na Terra, que escolhem pintar objetos comuns que encontramos em casa, as nuvens de gás, poeira e as estrelas quentes na imagem são também facilmente encontradas - uma gigante nuvem molecular de formação estelar na constelação do Unicórnio.

A nuvem molecular gigante, Mon R2, está incrivelmente perto, estimada a apenas 2400 anos-luz. A essa distância, este quadro mede cerca de 15 anos-luz de comprimento.





Crédito: Stefan Seip

Nesta espectacular imagem, a poeirenta nebulosa NGC 2170 brilha no canto superior esquerdo.

Refletindo a luz de estrelas quentes vizinhas, NGC 2170 é acompanhada por uma outra nebulosa de reflexão azul e uma compacta região vermelha de emissão, rodeadas por um cenário de estrelas.

Localizada na constelação de Unicórnio, a gigante nuvem molecular Mon R2 situa-se bem perto, numa distância estimada de apenas 2,400 anos-luz.



NGC 2170- Crédito: Russell Croman (Russell Croman Astrophotography)

Quando as estrelas se formam, reina o pandemónio. É o caso na região de formação estelar NGC 2170. Visíveis no topo estão regiões de emissão de hidrogénio vermelhas, regiões de reflexão azuis constituídas por poeiras, nuvens escuras de poeiras e gás e as estrelas que delas se formaram. À medida que as estrelas vão nascendo, vão soprando o gás da nebulosa que lhes deu origem até que, no final, o resultado seja um enxame de estrelas.




°ღ•ŦℛÁПП●•٠·˙ 24 fev 2011
Vendo tal maravilha penso que deus ainda não terminou sua criação.