ESPETACULAR RETRATO DE ANDRÔMEDA PELO SPITZER
18 de Outubro de 2005
18 de Outubro de 2005
O Telescópio Espacial da NASA, Spitzer, capturou uma esplêndida imagem em infravermelho de M31, a famosa galáxia espiral também conhecida como Andrômeda.
Andrômeda é a galáxia mais estudada depois da Via Láctea, e mesmo assim os sensíveis olhos infravermelhos do Spitzer detectaram cativantes novas características, incluindo velhas e brilhantes estrelas, e um arco espiral no centro da galáxia.
A imagem também revela um anel não-centrado de formação estelar e um buraco no disco espiral de braços da galáxia. Estas características assimétricas podem ter sido causadas por interações com as várias galáxias-satélite que rodeiam Andrômeda.
"Ocasionalmente pequenas galáxias-satélite atravessam as maiores," disse o Dr. Karl Gordon do Observatório Steward, Universidade do Arizona, Tucson, principal investigador do novo observatório. "Parece que uma pequena galáxia criou um buraco no disco de Andrômeda, tal como um pequeno calhau quebra a superfície de um lago."
A aproximadamente 2.5 milhões de anos-luz de distância, Andrômeda é a mais próxima galáxia espiral e a única visível a olho nu. Ao contrário da nossa Via Láctea, que vemos de dentro, Andrômeda é estudada por fora.
Os astrônomos acreditam que Andrômeda e a Via Láctea irão eventualmente fundir-se numa só.
O Spitzer detecta poeira aquecida pelas estrelas na galáxia. O seu fotómetro multibanda de 24 micrómetros registou aproximadamente 11,000 fotos separadas no infravermelho ao longo de 18 horas para criar este novo mosaico. A resolução e sensibilidade do instrumento são dois dos grandes aperfeiçoamentos na tecnologia infravermelha, o que permite aos cientistas traçar as estruturas espirais em Andrómeda até um nível de detalhe sem precedentes.
"Em contraste com a regular aparência de Andrómeda em comprimentos de onda ópticos, a imagem do Spitzer revela um bojo nuclear bem definido e um sistema de braços espirais," disse a Dr. Susan Stolovy, co-investigadora do Centro Científico do Spitzer no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.
O bojo central da galáxia brilha na luz emitida devido à poeira aquecida por estrelas velhas e gigantes. Mesmo por fora do bojo, um sistema de braços espirais interiores podem ser observados, e por fora deste, um bem conhecido e proeminente anel de formação estelar.
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