Algumas das galáxias em interação, retiradas da série de 59 novas imagens do Hubble.
Crédito: NASA, ESA, A. Evans (Universidade de Virginia, Charlottesville/NRAO/Universidade Stony Brook), e equipa do Hubble Heritage (STScI/AURA)-ESA/Colaboração Hubble
Galáxias em interação encontram-se por todo o Universo, por vezes em colisões dramáticas que despoletam formação estelar. Em outras ocasiões fundem-se camufladamente e surgem novas galáxias.
Uma série de 59 novas imagens de galáxias em colisão foi anunciada a partir de vários terabytes de dados brutos dos arquivos do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, como marco do 18.º aniversário do lançamento do telescópio. Esta é a maior coleção de imagens do Hubble anunciada ao público simultaneamente.
Pensa-se que as colisões galácticas, bem mais comuns no passado do que hoje em dia, são uma das forças principais da evolução cósmica, despoletando os quasares, nascimentos frenéticos de estrelas e explosivas mortes estelares.
Até galáxias aparentemente isoladas mostram sinais, na sua estrutura interna, de terem passado por uma ou mais fusões no seu passado. Cada das várias galáxias em colisão nesta série de imagens é uma amostra de um diferente instante neste longo processo de interação.
A nossa própria Via Láctea contém os detritos de muitas galáxias mais pequenas que encontrou e devorou no passado, e atualmente está absorvendo a elíptica galáxia anã de Sagitário.
Crédito: NASA, ESA, A. Evans (Universidade de Virginia, Charlottesville/NRAO/Universidade Stony Brook), e equipa do Hubble Heritage (STScI/AURA)-ESA/Colaboração Hubble
Galáxias em interação encontram-se por todo o Universo, por vezes em colisões dramáticas que despoletam formação estelar. Em outras ocasiões fundem-se camufladamente e surgem novas galáxias.
Uma série de 59 novas imagens de galáxias em colisão foi anunciada a partir de vários terabytes de dados brutos dos arquivos do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, como marco do 18.º aniversário do lançamento do telescópio. Esta é a maior coleção de imagens do Hubble anunciada ao público simultaneamente.
Pensa-se que as colisões galácticas, bem mais comuns no passado do que hoje em dia, são uma das forças principais da evolução cósmica, despoletando os quasares, nascimentos frenéticos de estrelas e explosivas mortes estelares.
Até galáxias aparentemente isoladas mostram sinais, na sua estrutura interna, de terem passado por uma ou mais fusões no seu passado. Cada das várias galáxias em colisão nesta série de imagens é uma amostra de um diferente instante neste longo processo de interação.
A nossa própria Via Láctea contém os detritos de muitas galáxias mais pequenas que encontrou e devorou no passado, e atualmente está absorvendo a elíptica galáxia anã de Sagitário.
Por sua vez, parece que a nossa Galáxia será subsumida pela sua gigante vizinha, a galáxia de Andrómeda, daqui resultando uma nova galáxia elíptica. As duas galáxias estão atualmente aproximando-se a mais ou menos 500.000 quilômetros por hora.
As observações mais recentes e os mais sofisticados modelos informáticos, tais como os de dois irmãos pioneiros, Alar Toomre e Juri Toomre nos anos 70, demonstram que as colisões galácticas são bem mais comuns do que se pensava.
As interações são casos muito lentos, embora com velocidades relativamente altas, demorando centenas de milhões de anos a completar. As interações regularmente seguem a mesma progressão, e são conduzidas pelo puxo da gravidade.
As colisões entre estrelas são raras, pois a maior parte de uma galáxia é espaço vazio, mas à medida que a teia gravitacional que liga as estrelas em cada galáxia começa a ser quebrada, estes efeitos de marés distorcem e perturbam os antigos padrões, levando ao aparecimento de novas estruturas e finalmente a uma nova e estável configuração.
A atração da Lua, que produz as marés na Terra, ilustra a natureza das interações. As marés entre galáxias são muito mais fortes e destrutivas que as marés oceânicas por duas razões.
Primeiro, as estrelas nas galáxias, ao contrário da matéria que constitui a Terra, estão apenas ligadas pela força da gravidade. Segundo, as galáxias podem passar muito mais perto uma da outra, relativamente ao seu tamanho, do que a Terra e a Lua.
Os milhares de milhões de estrelas em cada galáxia movem-se individualmente, seguindo a atração gravídica de todas as outras estrelas, por isso as forças interligadas das marés podem produzir os mais variados e complexos efeitos à medida que as galáxias passam perto umas das outras.
As observações mais recentes e os mais sofisticados modelos informáticos, tais como os de dois irmãos pioneiros, Alar Toomre e Juri Toomre nos anos 70, demonstram que as colisões galácticas são bem mais comuns do que se pensava.
As interações são casos muito lentos, embora com velocidades relativamente altas, demorando centenas de milhões de anos a completar. As interações regularmente seguem a mesma progressão, e são conduzidas pelo puxo da gravidade.
As colisões entre estrelas são raras, pois a maior parte de uma galáxia é espaço vazio, mas à medida que a teia gravitacional que liga as estrelas em cada galáxia começa a ser quebrada, estes efeitos de marés distorcem e perturbam os antigos padrões, levando ao aparecimento de novas estruturas e finalmente a uma nova e estável configuração.
A atração da Lua, que produz as marés na Terra, ilustra a natureza das interações. As marés entre galáxias são muito mais fortes e destrutivas que as marés oceânicas por duas razões.
Primeiro, as estrelas nas galáxias, ao contrário da matéria que constitui a Terra, estão apenas ligadas pela força da gravidade. Segundo, as galáxias podem passar muito mais perto uma da outra, relativamente ao seu tamanho, do que a Terra e a Lua.
Os milhares de milhões de estrelas em cada galáxia movem-se individualmente, seguindo a atração gravídica de todas as outras estrelas, por isso as forças interligadas das marés podem produzir os mais variados e complexos efeitos à medida que as galáxias passam perto umas das outras.
Várias das galáxias em interação vistas aqui estão incluídas no Atlas de Galáxias Peculiares, um esplêndido catálogo produzido pelo astrónomo Halton Arp em meados dos anos 60 que se apoiou em trabalhos de B.A. Vorontsov-Velyaminov em 1959.
Arp compilou o catálogo numa tentativa pioneira de resolver o mistério das bizarras formas de galáxias observadas em telescópios terrestres. Hoje, as estranhas estruturas observadas por Arp e outros são bem compreendidas como o resultado de complexas interacções gravitacionais.
A maioria das 59 novas imagens do Hubble fazem parte de uma grande investigação de galáxias infravermelhas luminosas e ultraluminosas com o nome de projecto GOALS (Great Observatories All-sky LIRG Survey).
Este estudo combina observações do Hubble, do Observatório Espacial Spitzer da NASA, do Observatório de raios-X Chandra da NASA e do Galaxy Explorer da NASA.
As observações do Hubble são lideradas pelo professor Aaron S. Evans da Universidade de Virginia e do Observatório Nacional de Rádio-Astronomia dos EUA.
Arp compilou o catálogo numa tentativa pioneira de resolver o mistério das bizarras formas de galáxias observadas em telescópios terrestres. Hoje, as estranhas estruturas observadas por Arp e outros são bem compreendidas como o resultado de complexas interacções gravitacionais.
A maioria das 59 novas imagens do Hubble fazem parte de uma grande investigação de galáxias infravermelhas luminosas e ultraluminosas com o nome de projecto GOALS (Great Observatories All-sky LIRG Survey).
Este estudo combina observações do Hubble, do Observatório Espacial Spitzer da NASA, do Observatório de raios-X Chandra da NASA e do Galaxy Explorer da NASA.
As observações do Hubble são lideradas pelo professor Aaron S. Evans da Universidade de Virginia e do Observatório Nacional de Rádio-Astronomia dos EUA.