Nebulosas - Regiões HII

Uma nebulosa é uma nuvem interestelar de gás e poeira.

Originalmente nebulosa era o nome em geral para qualquer outro objecto astronómico de céu profundo, incluindo galáxias para lá da Via Láctea (alguns exemplos do uso antiquado ainda sobrevivem; por exemplo, a Galáxia de Andrómeda (M31) é por vezes referida como Nebulosa de Andrómeda.

As nebulosas podem ser classificadas

I - iluminadas ou difusas que são divididas em:

a - As nebulosas de emissão
b - As nebulosas de reflexão
c - As regiões H II
d - As nebulosas planetárias.
(veremos isso mais detalhadamente mais adiante)


II - As nebulosas escuras não são iluminadas.
Podem ser detectadas quando obscuram estrelas ou outras nebulosas. Exemplos famosos incluem a Nebulosa Cabeça de Cavalo em Orionte, ou a Nebulosa Saco de Carvão no Cruzeiro do Sul.

Outras nebulosas são também formadas pela morte de estrelas.
constituídas por materiais deixados para trás por uma gigantesca explosão de uma estrela numa supernova.


As regiões H II

são o local de nascimento das estrelas.

Estas são formadas quando nuvens moleculares muito difusas começam a colapsar sobre a sua própria gravidade, muitas vezes devido à influência de uma explosão de supernova vizinha.

A nuvem colapsa e fragmenta-se, formando por vezes centenas de novas estrelas.

As recém-formadas estrelas ionizam o gás em volta e produzem uma nebulosa de emissão.

 

NEBULOSAS DE EMISSÃO

Uma nebulosa de emissão é uma nuvem de gás ionizado que emite luz de várias cores.

A fonte mais comum desta ionização são fótons altamente energéticos emitidos de uma quente estrela vizinha.

Entre os diferentes tipos de nebulosas de emissão estão as regiões H II, nas quais a formação estelar decorre e jovens, massivas estrelas são a fonte destes fótons.

Normalmente, uma jovem estrela irá ionizar parte da mesma nuvem que a viu nascer.

Apenas estrelas grandes e quentes podem libertar a quantidade de energia necessária para ionizar uma parte significativa da nuvem. Muitas das vezes, este trabalho é feito por um inteiro enxame de jovens estrelas.

Algumas das mais espantosas nebulosas de emissão visíveis do hemisfério Norte são



a Nebulosa da Lagoa (M8)





e a Nebulosa de Orionte (M42).


NEBULOSAS DE REFLEXÃO

As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira que simplesmente estão a refletir a luz de uma ou mais estrelas vizinhas.

Estas não são quentes o suficiente para provocar a ionização no gás da nebulosa como as nebulosas de emissão, mas são brilhantes o suficiente para tornarem o gás visível.

Por isso, o espectro das nebulosas de reflexão é semelhante ao das estrelas que as iluminam.

Por entre as partículas microscópicas responsáveis pela dispersão estão compostos de carbono (por exemplo, pó de diamante) e de outros elementos, em particular ferro e níquel.

Estes últimos dois estão muitas vezes alinhados com o campo magnético e fazem com que a luz dispersa seja ligeiramente polarizada.

A distinção entre estes dois tipos de nebulosas foi feita por Hubble em 1922.

São regularmente azuis devido à dispersão ser mais eficiente na luz azul que na vermelha (é o mesmo processo que dá a cor azul ao céu e os tons vermelhos do pôr-do-Sol).

As nebulosas de reflexão e as nebulosas de emissão são muitas vezes observadas juntas e são por vezes referidas como nebulosas difusas.

Um exemplo disto é a Nebulosa de Orionte.

Conhecem-se cerca de 500 nebulosas de reflexão. Umas das mais famosas nebulosas de reflexão é a que rodeia as estrelas das Plêiades.



Pleiades
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Pleiades

 

NGC 1435 - rodeando Merope das Pleiades


As nebulosas de reflexão refletem a luz de uma estrela vizinha.

Muitos grãos pequenos de carbono na nebulosa refletem a luz.

A típica cor azul das nebulosas de reflexão é devida à luz azul ser mais eficientemente dispersada pela poeira de carbono que a luz vermelha.

O brilho da nebulosa é determinada pelo tamanho e pela densidade dos grãos, e pelo cor e brilho da(s) estrela(s) vizinha(s).
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NGC 1435, na imagem, rodeia Merope (23 Tau), uma das mais brilhantes estrelas das Plêiades (M45).

A nebulosidade das Plêiades é provocada por um encontro entre um enxame aberto de estrelas e uma nuvem molecular.

Crédito: Robert Gendler